Gavin Arvizo poderia ser apenas mais uma das milhares de
crianças que Michael Jackson, generosamente, ajudou. Aos 10 anos, ele foi
diagnosticado com um tumor canceroso de 4 quilos no rim, que precisou ser
retirado, juntamente com a vesícula. Michael pagou seus remédios e caros
tratamentos. Em pouco tempo, Gavin e toda a família - sua mãe, seu irmão e sua
irmã - já estavam hospedados em Neverland.
Até aí, nada muito surpreendente. Diversas crianças doentes
já haviam sido ajudadas pelo Rei do Pop. O único problema é que a família
Arvizo estava definitivamente decidida a destruir o pedaço de felicidade que
ainda restava em Michael Jackson - e faturar o máximo possível com isso!
Parece que a fita voltou. Sua ligação 'paterna' com Gavin
Arvizo era idêntica a ligação com Jordie Chandler, que lhe causou tanto
sofrimento. Estava tudo acontecendo exatamente como aconteceu em 1993. Dessa
vez, porém, os resultados da inocência - e até certa ingenuidade - de Michael
foram, de longe, piores. Nada foi resolvido com pagamentos, como da primeira
vez. Agora, o caso parou no tribunal!
Michael Jackson era realmente um pote de ouro. Janet Arvizo
(a mãe) se aproveitou o quanto pôde do dinheiro. Tudo que pediam, eles
conseguiam. Presentes, brinquedos, viagens... pura mordomia. Mas Janet sabia
que toda essa boa-vida não duraria para sempre, e foi logo esquematizando um
plano para não sair de mãos abanando.
Em síntese, todo o inferno começou com o documentário
'Living With Michael Jackson', de Martin Bashir. Nele, Michael é retratado como
um bizarro louco que leva crianças para a cama e vive isoladamente com seus
filhos num rancho de mais de 2.000 acres. A cena mais polêmica foi a de MJ de
mãos dadas com Gavin, contando como eram suas noites em Neverland: um dormia no
chão, num saco de dormir, e o outro na cama. O Rei do Pop permitiu que Bashir
seguisse seus passos durante 8 meses, o acompanhando aonde fosse. A intenção
era melhorar sua imagem pública. Porém, não foi um golpe muito esperto. O
quadro acabou se revertendo e a imagem de Michael Jackson ficou ainda mais
arrasada.
Em consequência do documentário, oficiais do bem-estar
infantil começaram a investigar o relacionamento de Michael com Gavin. Mas nada
foi adiante, porque o garoto negou qualquer envolvimento inadequado que
supostamente teria ocorrido. Nessa época, a família Arvizo ganhou diversas
oportunidades para acusar Michael e divulgar esses 'abusos', mas não o fez. Muito
pelo contrário! Eles apareceram em filmagens e gravações enchendo o Rei do Pop
de elogios.
"Um verdadeiro homem de família. É um homem ideal e eu
o amo com todo o meu coração. Ele abriu seus braços. Assegurou-se de que meus
filhos estivessem seguros e felizes, uma felicidade que nunca tiveram",
disse Janet no 'documentário resposta' que Michael Jackson fez para Martin
Bashir (The Footage You Were Never Meant to See / A fita que não era para você
ver). Fato é que toda a família tratava o Rei do Pop como um pai, e jurava de
pés juntos que nada de sexual estava acontecendo entre eles.Porém, do nada, sem
nenhum motivo aparente, toda a família Arvizo voltou-se contra Michael Jackson
e espalhou histórias sobre os supostos abusos sexuais. Finalmente, o Rei do Pop
começa a afastar-se de Gavin. Janet, então, dá início ao seu 'plano diabólico'.
Entra em contato com diversos advogados e submete seu filho a sessões com
psicológos.
Algo muito estranho havia acontecido. As declarações de
Gavin Arvizo, seu irmão e sua irmã estavam completamente diferentes! Falavam o
contrário de tudo que já tinham dito. Disseram ao psicólogo que Gavin havia
sido abusado sexualmente, que teriam ingerido bebidas alcoólicas e que foram
obrigados a falar, anteriormente, que Michael era como um 'pai'. Tudo mudou de
uma forma tão absurda que, quando se deu conta, o Rei do Pop já estava como réu
em um tribunal se defendendo de 10 acusações, entre elas extorsão, abuso sexual
e cárcere privado.
Em Novembro de 2003, a polícia conseguiu uma ordem judicial
para fazer buscas em Neverland. No mesmo mês, Michael Jacksn foi preso e solto
após pagar uma fiança de 3 milhões de dólares. Mais tarde, em uma entrevista a
Ed Bradley, do programa 60 Minutes, relatou ter sido agredido física e
mentalmente na prisão. Disse que os policiais machucaram seus braços com as
algemas e o prenderam num banheiro cheio de fezes por cerca de 45 minutos,
enquanto debochavam: 'O cheiro aí está bom?'.
"Ambição, dinheiro. Em algum lugar, a ambição entrou em
alguém. Eu não posso dizer com certeza, mas tem a ver com dinheiro. 'É Michael
Jackson, olha o que temos aqui, vamos conseguir dinheiro com isso'. É
exatamente o que aconteceu. [...] Os pais têm poder sobre as crianças. Elas
sentem que têm de fazer o que os pais dizem. Mas o dinheiro é a raiz de todo o
mal, o amor pelo dinheiro é a raiz de todo o mal. Essa era uma criança doce, e
vê-lo mudar assim... Esse não é ele. Eu conheço o coração dele", disse
Michael.
Esse não foi o primeiro caso judicial em que a família
Arvizo estava envolvida. Em 1998, eles foram detidos ao furtar a loja
californiana J.C. Penney. Mas Janet fez um 'barraco' e a queixa foi retirada.
Os Arvizo, então, alegaram que teriam sido espancados pelos seguranças.
"Nas mais de 200 páginas de documentos relativos ao caso,
surge um quadro inquietador em relação à matriarca da famĺia. O psiquiatra
contratado pela J.C. Penney para avaliar Janet Ventura Arvizo rotulou-a de
'esquizofrênica' e 'delirante'. Segundo o médico, 'ela sofria por ser uma
ninguém'", escreveu o biógrafo J. Randy Taraborelli em 'Michael Jackson -
A Magia e a Loucura'.
Alguns anos depois, Janet volta a processar a J.C. Penney,
dessa vez por assédio sexual. Os seguranças teriam 'acariciado' seus seios. O
psiquiatra da loja alegou que ela treinava os filhos para que a ajudassem nos
golpes. A família acabou lucrando 137 mil dólares com tudo isso.
O julgamento do Rei do Pop só começou no início de 2005,
tendo como:
Promotor - Thomas Sneddon
Advogado de defesa - Thomas Mesereau
Juiz - Rodney Melville
Foi um verdadeiro inferno para Michael. Segundo muitos, ele
estava 'morrendo aos poucos'. Em certos momentos, parecia extremamente frágil.
Apesar de tentar passar uma imagem forte, tranquila e confiante, todos sabiam
que estava se corroendo por dentro. Chegou no seu limite. Era sofrimento demais
para alguém que sempre procurou fazer o bem às pessoas.
Muitos dias se passaram. Dolorosos dias. Diversas
testemunhas depuseram. Algumas, mentirosas. As declarações dos Arvizo eram
contraditórias. A cada dia, contavam histórias diferentes. Estavam desesperados
por provas consistentes contra Michael, mas não conseguiram.
Durante as audiências, histórias contadas pela acusação
foram desmentidas. Uma aeromoça de um voo que Jackson compartilhou com Gavin em
2003 relatou que em nenhum momento ele deu bebidas alcoólicas ou teve condutas
impróprias com o menor. Muitas testemunhas declararam que Arvizo era rude e
esnobe. Michael jamais mostrou pornografias a nenhuma criança (apesar de
admitir ter material pornô - hetero - escondido em Neverland), mas o garoto e
seu irmão tinham contato com materiais do tipo por vontade própria, sem
conhecimento ou consentimento do astro. Também bebiam às escondidas. Eles
realmente fizeram uma 'farra' em Neveland, e Michael nem imaginava o que estava
acontecendo por lá.
Tanto a defesa quanto a promotoria tiveram seus altos e
baixos, mas a verdade prevaleceu. Em 13 de junho de 2005, Michael Joseph
Jackson foi declarado inocente. Fãs vibravam desesperadamente enquanto era
anunciado: "Nós, do júri, declaramos o réu inocente de todas as
acusações". Foi um dia de glória para o Rei do Pop. Apesar do grande
desgaste emocional que ele sofreu, a justiça foi feita e a família Arvizo,
definitivamente, saiu de mãos abanando. E, agora, não teriam como contar com a
ajuda de Michael. Pobres almas.
E agora, qual a sua opinião? É bem melhor pesquisar do que
acreditar nas únicas palavras que a mídia publica, não acha?